nasci em uma sexta-feira pós-eclipse lunar, prematura e saudável. acho que a vida não é como tem que ser. a vida é. e não é como a gente quer. se a gente quiser a vida mais próxima do que se quer, tem que primeiro entender que ela é. fiz trinta anos numa segunda-feira de sol, tomando café da manhã numa padaria, agradecendo nas águas de yemanjá e mais tarde soprando as velas (depois da minha sobrinha rsrs). idealizei minha vida aos trinta, meu aniversário de trinta, minhas conquistas aos trinta, um tanto diferentes. essas décadas sentidas me levaram a desidealizar a vida de maneira arrebatadora - bruta e fascinantemente. mas caço simbolismos, porque sou poeta. a vida não é como eu quero, no entanto invento modos de abrilhantar o que existe. nasci no meu dia preferido da semana, completei três décadas no dia de exu. e ainda neste dia fiz um ano de namoro com o amor que eu sonhei e rezei para conhecer. entre o que a vida é e o que eu quero, existe um vazio de possibilidades. trinta anos é o convite para habitar e dançar neste vazio. então vamos bailar! e bailar em comunhão.
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