18/05/2018

Voltei para mim

Tem um buraco nesse blog, há mais de um ano que não escrevo. Tem a ver com os meus vazios e os meus espaços preenchidos que ainda não pude digerir. Não sei se entendi meus vazios e meus preenchimentos, nem sei se tenho o que escrever. Mas eu preciso! Aqui é o único lugar que sou eu sem maquiagem. Afinal, ninguém me lê, ninguém usa mais blog hoje em dia. De quê vale isso aqui senão para mim? Acho que abandonei esse espaço tentando fugir de mim mesma. Escrever me aproxima de meus medos, angústias, coragens, vontades, esperanças e desesperanças. Amores e desamores.
Tem alguma coisa entalada na garganta que não sai. Ou eu não deixo sair. Sei lá... Tem alguma coisa entalada na garganta querendo sair. To escrevendo sem ler para ver se por acaso essa coisa sai pela boca e para nas minhas mãos agoniadas, na ânsia de escrever alguma coisa que faça sentido. Que me faça entender. Que faça me entender. Tem mudanças de anos aqui dentro sem serem processadas e virei esse tipo de muda, que nem sequer escreve pra tentar se salvar dos próprios monstros. Não sei quanta consciência e inconsciência tem isso. Tomara que não tenha covardia.
Mas cá estou eu, com certa coragem, buscando recuperar meu planeta e minhas palavras. Romper com o silêncio.

Um comentário:

  1. Nem sempre palavras são escritas para serem lidas...as vezes são para serem sentidas.

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